Apesar do perfil ondulado da viagem, o pelotão preferiu correr de forma conservadora, deixando dois corredores isolar-se para lhes dar “caça” antes da entrada nos quilómetros decisivos.
Na aproximação à meta, também marcada pelas subidas, embora curtas, destacaram-se dois ciclistas que já garantiram contrato com a equipa WorldTour Orica-GreenEdge para 2015, o australiano Caleb Ewan e o dinamarquês Magnus Cort Nielsen, primeiro e segundo, com dois segundos de vantagem sobre a frente do pelotão, encabeçada pelo luxemburguês Alex Kirsch, atualmente estagiário na Trek.
As caraterísticas da fase final da tirada provocaram vários cortes, deixando os quatro melhores lusos a 7 segundos do vencedor. Foi o caso de Rúben Guerreiro, 15.º, Joaquim Silva, 48.º, Rafael Reis, 58.º, e Carlos Ribeiro, 61.º. Ricardo Ferreira foi o 82.º, sendo creditado com mais 27 segundos do que o vencedor.
“Hoje já se fez uma primeira seleção e os portugueses conseguiram chegar todos na frente, com o Ricardo Ferreira a ficar um pouco mais atrás, porque ficou retido numa queda nos últimos metros”, congratula-se o selecionador nacional, José Poeira.
Após esta jornada, a camisola amarela continua na posse do dinamarquês Asbjorn Kragh Andersen, que tem 16 segundos de vantagem sobre o norueguês Kristoffer Skjerping e 1m34s sobre o holandês Sjoerd van Ginneken, segundo e terceiro, respetivamente.
Carlos Ribeiro continua a ser o melhor português na classificação geral, tendo subido ao 21.º lugar, a 2m27s do comandante. Seguem-se Joaquim Silva (41.º, a 2m36s), Rafael Reis (48.º, a 2m38s), Rúben Guerreiro (64.º, a 2m46s) e Ricardo Ferreira (73.º, a 2m54s).
A terceira etapa vai levar o pelotão, nesta terça-feira, desde Montrond-les-Bains até Paray-le-Monial, através de um percurso de 143 quilómetros, sem dificuldades montanhosas. “À partida, é uma etapa mais fácil do que a de hoje. No entanto, nas etapas planas e quando o vento está de feição para isso, há equipas que conseguem fazer estragos. Teremos de estar preparados para essa situação, embora, até ao momento, nos pareça que os blocos mais fortes estão a guardar forças para as últimas quatro etapas, todas com final em alto”, analisa José Poeira.
Por UVP-FPC