O encontro que terá por mote «Um Modelo de Intervenção em Saúde Mental», é dirigido a profissionais de saúde, educação e setor social, a estudantes e à comunidade em geral, tendo por objetivo promover o diálogo entre as equipas e os parceiros da comunidade, avaliar o trabalho desenvolvido no âmbito deste projeto pioneiro ao longo destes 18 anos na região e, em conjunto, refletir sobre os atuais desafios que se colocam nesta área e debater o futuro do projeto.
Ao longo do dia, ir-se-á percorrer a linha do tempo do passado ao futuro dos GASMI com a participação de profissionais das equipas, especialistas em Psiquiatria da Infância e da Adolescência e representantes dos parceiros da comunidade (escolas, autarquias, Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Equipas Multidisciplinares de Apoio Técnico aos Tribunais – EMAT, Segurança Social).
Nascidos em novembro de 2001, no âmbito de um protocolo de colaboração etre a ARS Algarve e o Departamento de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Pediátrico de Dona Estefânia, as equipas multidisciplinares dos Grupos de Apoio à Saúde Mental Infantil (GASMI), constituídas por psicólogos, médicos de família, enfermeiros, assistentes sociais, e terapeutas dos três Agrupamentos de Centros de Saúde do Algarve, sob a consultadoria de um consultor de psiquiatria da infância e da adolescência daquele Departamento, desenvolvem programas de prevenção e promoção de competências parentais, dirigidos a famílias de risco com crianças de 3 aos 12 anos, que manifestem alterações comportamentais, emocionais e/ou sociais clinicamente significativas e comprometedoras da sua saúde mental. A ação dos GASMI é desenvolvida numa perspetiva sistémica e de proximidade junto das crianças, famílias e comunidade, com o objetivo de prevenir e tratar perturbações de saúde mental, bem como minimizar o seu impacto.
Atualmente existem 10 equipas de GASMI na região (4 no ACeS Barlavento (Lagos, Portimão, Lagoa e Silves); 4 no ACeS Central (Albufeira, Loulé, Faro e Olhão) e 2 no ACeS Sotavento (Tavira e VRSA).
A relevância do trabalho desenvolvido por estes Grupos de Apoio ao longo destes 18 anos foi já reconhecido pela comunidade científica e o atual Plano Nacional de Saúde Mental aponta este modelo como um exemplo de boas práticas a ser replicada a nível nacional dado que se inscreve na ótica da integração de cuidados em saúde.
O Município de São Brás de Alportel enaltece a relevância do trabalho destes gabinetes que a nível local têm vindo a trabalhar em rede com os diversos serviços e projetos sociais do município, nomeadamente no âmbito da recém-criada Rede de Apoio Psicossocial de São Brás de Alportel, permitindo a profícua partilha de informação e a rentabilização de recursos.
Por: CM de São Brás de Alportel