Atrasos nos resultados de exames urgentes, a reutilização de material que pode pôr em causa a segurança e a vida dos doentes (seringas), a partilha de espaços com doentes portadores de doenças infecto-contagiosas. As consequências, essas podem ser (e foram) trágicas para os pacientes, incluindo mortes por falta de assistência.
Estas notícias surgiram na imprensa nacional trazidas pela voz do deputado algarvio Cristóvão Norte. Pese embora a limitação de recursos, não faltaram elogios quer aos médicos quer aos enfermeiros que devido ao elevado profissionalismo reconhecido diariamente, em condições difíceis e adversas, impedem que as consequências possam vir a ser ainda mais trágicas.
Atestando a limitação dos recursos e de todas as adversidades com que cercam diariamente estes profissionais do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, o ilustre São-brasense Dr. Ulisses Brito, e bem, defende estes profissionais e manifesta a necessidade premente de reverter a situação, sob pena de que mais casos trágicos se possam vir a verificar.
Já em 27 de Abril de 2018, em plenário da Assembleia Municipal, a bancada do PSD SBA apresentou uma moção (consulte aqui https://cms.cm-sbras.pt//upload_files/client_id_1/website_id_1/Autarquia/A_Municipal/atas/2018/Ata%20I%20AM%2027%20abril_2018.pdf – pág. 43) que reconhecendo os recursos limitados e demais constrangimentos, objetivava a pressão junto do poder central na busca da reversão dos acontecimentos, por forma a evitar casos como os que esta semana vieram a público.
Perplexamente e estranhamente a moção foi reprovada com 7 votos contra do Partido Socialista (pág. 10 da ata desta Assembleia Municipal). O PSD SBA presenciou esta posição antagónica ciente das posições camaleónicas tradicionais do PS, cujo voto ou posição dependem do contexto ou ambiente em que se inserem.
Esta Moção chumbada há um atrás pela Assembleia Municipal de São Brás de Alportel, liderada pela mesma pessoa que veio defender os profissionais do Centro Hospital e Universitário do Algarve, pretendia que se exercesse a pressão pela salvaguarda da saúde e pela defesa do Algarvios, expressa nos seguintes pontos:
Exigir ao Governo que adote as medidas adequadas para contrariar esta tendência e elevar o nível de resposta do SNS, o qual é muito insatisfatório e não regista evidências que venha a melhorar perante a inação dos poderes públicos.
Solicitar ao Governo a contratação dos recursos humanos suficientes de modo a repor a oferta assistencial do SNS na região e em cada um dos seus concelhos;
Exigir ao Governo que cumpra os estudos das prioridades de novos hospitais em Portugal, respeitando a hierarquia e, desse modo, lançando os procedimentos tendentes à concretização de um novo Hospital Central do Algarve.
Lamentavelmente o Partido socialista tem dois pesos e duas medidas. Este chumbo é incompreensível, quando em 2004 os Srs. Presidentes das Câmaras de São Brás de Alportel e Loulé e o atual Presidente da Assembleia Municipal de São Brás de Alportel, se manifestam de forma espalhafatosa frente aos serviços de Urgência Básica de Loulé em defesa do Serviço Nacional de Saúde, quando a cor do governo é contrária, e depois reprovam uma moção que poderia ter despertado para que casos como os que vieram esta semana a público se pudessem evitar. A única explicação para o sentido de voto do Partido Socialista sustentou-se na defesa do governo da cor partidária, ou seja, defesa do SNS quando a cor do governo é contrária e precisamente o oposto quando o governo é do PS, não dando prioridade aos interesses dos algarvios e dos são-brasenses que os elegeram, na defesa da estrutura socialista e daqueles que “consigo seguirão juntos”.
Seja de que modo for, o PSD SBA repudia veemente esta forma de fazer política, não se revendo nestas posições camaleónicas que se sobrepõem aos interesses dos munícipes e dos eleitores, porque para esta força política SÃO BRÁS DE ALPORTEL ESTÁ PRIMEIRO, o ALGARVE ESTÁ PRIMEIRO, o PAÍS ESTÁ PRIMEIRO.
A Comissão Politica do PSD de São Brás de Alportel.