O Portugal Tour (PT Tour) regressou esta semana após uma paragem forçada de mais de um mês, devido à pandemia e arrancou da forma que tinha terminado, ou seja, com um triunfo do português Tomás Bessa, residente no Algarve.

O Portugal Tour (PT Tour) regressou esta semana após uma paragem forçada de mais de um mês, devido à pandemia e arrancou da forma que tinha terminado, ou seja, com um triunfo do português Tomás Bessa.

O campeão nacional de 2020 tinha vencido a última etapa em 2021, o San Lorenzo Open, em dezembro, com 10 pancadas abaixo do Par, e hoje (Sábado) triunfou de novo no NAU Morgado Open, igualmente de 10 mil euros em prémios monetários, de novo com um grande resultado, neste caso de -8.

Como logo no início de dezembro Tomás Bessa já tinha sido o melhor no PGA Portugal Players Championship, um evento do circuito profissional português, isto quer dizer que atravessa a melhor fase da sua carreira, com três títulos consecutivos.

«É a minha terceira vitória seguida, estou muito feliz, é também a segunda neste circuito, mas recentemente tive COVID19, felizmente assintomático», disse o jogador de Paredes mas residente no Algarve.

Com voltas de 73, 69 e 66, Tomás Bessa superou o sul-coreano Jung-Min Hong por 3 pancadas (71+71+69), fazendo um percurso em crescendo: «Sabia que se fizesse hoje uma boa volta tinha hipóteses. O segredo esteve em não querer saber o resultado dos outros e focar-me em fazer bons shots e acabei muitíssimo bem, com um chip-in para birdie no buraco 18. Acabei por fazer uma grande volta de 7 abaixo do Par».

Com estes dois títulos de rajada, Tomás Bessa iguala o inglês Jordan Wrisdale, que tinha vencido os dois primeiros torneios da temporada, em Vilamoura, ainda em 2021 e são os dois grandes candidatos ao posto de n.º1 do ranking.

O PT Tour é único circuito internacional para golfistas profissionais e amadores de alta competição a realizar-se em Portugal e irá organizar ainda mais seis torneios até ao final da época de 2021/2022.

Todos os torneios decorrerão no Algarve, ajudando a combater a sazonalidade do turismo naquela região durante o inverno.

Cada um dos seis primeiros torneios terá a dotação de 10 mil euros em prémios monetários, enquanto o último, que apresenta uma lógica de “Masters”, reunirá os melhores do circuito no Optilink Tour Championship, de 14 a 16 de março, no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura.

Essa cimeira distribuirá 20 mil euros, um “prize-money” igual ao Campeonato Nacional Absoluto Hyundai da Federação Portuguesa de Golfe (FPG).

Mesmo antes do Natal, os promotores viram-se forçados a anunciar que os quatro torneios previstos para janeiro seriam cancelados, dadas as dificuldades apresentadas pelos elevados números de infeções de COVID19 em toda a Europa e as limitações às deslocações entre países.

Com o aligeiramento das normas de transporte aéreo, foi possível reiniciar o PT Tour.

O PT Tour conta para o ranking da seleção nacional de profissionais que, por sua vez, atribui os convites para alguns torneios do Challenge Tour.

A grande novidade é que, em 2022, todos os torneios irão igualmente contar para o ranking mundial amador.

«O circuito tem a homologação da FPG e estamos ainda a desenvolver contactos no sentido obtermos alguns convites para o Challenge Tour», disse o promotor, José Correia.

José Correia, membro da Direção da FPG, sublinhou que há uma novidade em 2022: «Para além do JJW International Pro-Am, de 4 a 6 de março, em Pinheiros Altos e San Lorenzo, iremos também organizar o Optilink Pro-Am, no dia 12 de março».

«A parceria com a Optilink é uma novidade, prolonga-se por três anos, começa com um prémio de 20 mil euros para o Optilink Tour Championship em 2022, mas com um aumento gradual nos anos seguintes», especificou.

«A Optilink é uma empresa tecnológica, que atua do setor das telecomunicações, no desenvolvimento e produção de cablagem em fibra ótica, e esta oportunidade de realizarmos um evento corporativo, está em linha com a nossa estratégia de internacionalização, além da consolidação das nossas atividades em território nacional», referiu o CEO António Gonçalves.

Para os jogadores portugueses, o PT Tour é uma oportunidade de ouro para competirem a nível internacional antes do regresso à Europa de alguns dos principais circuitos como o DP World Tour (ex-European Tour), o Challenge Tour, o Alps Tour e o Pro Golf Tour.

«É um grande circuito, sobretudo para os portugueses, é uma oportunidade para jogarmos no inverno quando não há torneios em mais lado nenhum, e poder fazê-lo em casa é perfeito. É também bom para os profissionais estrangeiros, que apanham bom tempo e vêm cá preparar a época seguinte», disse Tomás Melo Gouveia, que em 2021 garantiu a ascensão ao Challenge Tour, a segunda divisão europeia.

Mas o PT Tour não é apenas vital para os jogadores profissionais que procuram aceder aos principais circuitos europeus. Para os amadores é igualmente, cada vez mais, uma rampa de lançamento.

«De acordo com as novas regras do estatuto amador, é possível premiar agora não profissionais. Em Portugal o limite máximo é de 750 euros. Neste contexto, o PT Tour vai premiar os três primeiros amadores de cada torneio num máximo de 600 euros. O melhor amador receberá 300 euros, o segundo 200 e o terceiro 100 euros. Penso que o PT Tour é o primeiro e único circuito em Portugal a premiar monetariamente os amadores em competição, facto que me parece relevante», disse o promotor.

«O PT Tour assinou uma parceria e um patrocínio com a SGA (Season Golf Academy), onde o David Silva é o Head Coach do programa de captação e desenvolvimento de jovens que ambicionem alcançar um lugar nos diversos circuitos profissionais. Será criada uma Ordem de Mérito exclusiva para amadores e o n.º1 deste ranking irá receber um wild card para o Optilink Tour Championship. Vemos esta iniciativa como uma motivação extra e um contributo importante para os amadores», concluiu José Correia.