Lisboa foi esta tarde abalada por uma tragédia.

O histórico Elevador da Glória, que liga a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto, descarrilou por volta das 18h05, junto à Avenida da Liberdade, provocando pelo menos três vítimas mortais e cerca de 20 feridos, entre os quais vários em estado grave.

No local está montada uma vasta operação de socorro com bombeiros, INEM, PSP e Proteção Civil, que continuam a retirar vítimas do interior da composição. Testemunhas relatam momentos de pânico e descrevem que o elevador “seguiu descontrolado” antes de embater violentamente contra um edifício, “desfazendo-se como uma caixa de cartão”.

Entre os feridos encontram-se turistas e residentes, e pelo menos cinco estão em estado muito grave. Duas pessoas foram já transportadas em estado crítico para os hospitais de Santa Maria e São José.

O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, desloca-se ao local e garantiu que será aberta de imediato uma investigação às causas do acidente.

Classificado como monumento nacional, o Elevador da Glória foi inaugurado em 1885 e transporta anualmente milhares de passageiros. O serviço encontra-se suspenso por tempo indeterminado.

Lisboa vive horas de choque e consternação, perante uma tragédia que atinge não só a cidade, mas também um dos seus maiores símbolos históricos e turísticos.


Descarrilamento do elevador da Glória provoca 15 mortos

O descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, provocou 15 vítimas mortais, segundo o INEM.

Em declarações aos jornalistas no local, Tiago Augusto, responsável da Unidade de Planeamento de Eventos, Protocolo de Estado e Gestão de Crises (UPPEC) do INEM disse que o acidente fez ainda 18 feridos, dos quais cinco em estado grave e 13 ligeiros, incluindo uma criança.

Os feridos foram transportados para os hospitais de Santa Maria, São José e São Francisco Xavier, e também para Cascais e Amadora, adiantou o responsável do INEM.

Segundo informações enviadas à Lusa, até às 20:55, a urgência polivalente do Hospital de São José já tinha recebido um total de nove feridos, cinco dos quais em estado grave e quatro ligeiros.

Entre os feridos ligeiros, deu entrada na Urgência uma criança, de 3 anos, estável, que, por uma questão de precaução, será transferida com o pai para o Hospital Dona Estefânia, adiantou a fonte do São José.

A mãe, grávida, que foi inicialmente admitida no Serviço de Urgência de São José com ferimentos ligeiros, foi transferida para a Maternidade Alfredo da Costa, acrescentou.

Já o hospital de Santa Maria recebeu seis feridos, incluindo uma criança com ferimentos ligeiros, e fonte daquela unidade de saúde adiantou à Lusa que um deles está em estado grave.

De acordo com Tiago Augusto, não estão apuradas as nacionalidades das vítimas, mas entre elas "há vários apelidos estrangeiros", além de portugueses.

Num balanço final, os responsáveis no local adiantaram que já foram retiradas do elevador todas as vítimas do descarrilamento.

Questionados sobre as causas do desastre, responsáveis do INEM e da Proteção Civil adiantaram que estão a ser apuradas.

As operações de desencarceramento do elétrico, de onde foram sendo retiradas vítimas, prolongaram-se até perto das 20:00, observou a Lusa no local.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, indicou que o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa recebeu o alerta pelas 18:08 e às 18:11 estava no local, afirmando que o socorro foi prestado “muito rapidamente”, com uma resposta “em poucos minutos”, envolvendo também equipas da Câmara Municipal, do INEM e da Proteção Civil.

“Lisboa está de luto e é um momento trágico para a nossa cidade”, declarou Carlos Moedas, falando no local cerca das 20:10 e adiantando que todas as equipas de socorro estão a dar resposta a este acidente.

O autarca de Lisboa disse ainda que está “em contacto com o Presidente da República, com o primeiro-ministro e com todo o Governo”, referindo que este é “um momento de tragédia que nunca tinha acontecido” na capital.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, pelas 18:04, na Calçada da Glória.

Gerido pela Carris, o elevador da Glória liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.


Carris lamenta vítimas e diz que última inspeção foi feita em 2024

A Carris lamentou a existência de vítimas no descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, que fez hoje 15 mortos e 18 feridos, e fez saber que abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.

“Na sequência do acidente ocorrido esta tarde com o ascensor da Glória, a Carris lamenta a existência de vítimas e está a acompanhar a situação”, revelou a empresa que gere o elevado da Glória numa nota enviada à Lusa.

A Carris disse ainda que “foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção” e que a última inspeção foi realizada no ano passado.

De acordo com a empresa, a manutenção geral que ocorre a cada quatro anos, ocorreu em 2022 e a última reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, foi feita em 2024.

“Têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária”, afirmou.

A empresa disse ainda que “abriu de imediato um inquérito em conjunto com as autoridades para apurar as reais causa deste acidente”.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou esta quarta-feira, pelas 18:04, na Calçada da Glória.

O INEM anunciou que o acidente provocou 15 mortos e 18 feridos, dos quais cinco em estado grave e 13 ligeiros.

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.