Os dados dos sucessivos relatórios de vacinação divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) espelham assimetrias gritantes entre regiões no que respeita à evolução do processo de vacinação.

Estes dados têm suscitado angústias no Algarve, região que regista maior atraso no processo de vacinação e tem a menor percentagem de cidadãos vacinados, seja no que se refere à primeira dose, seja no que se refere à segunda. Quanto à primeira, cerca de 3%, e 6% no que respeita a segunda.

É a região que está mais atrasada, registando metade da percentagem das regiões mais avançadas.

Segundo as informações que os deputados têm obtido, as entidades de saúde regionais têm dúvidas sobre os critérios de repartição de vacinas e não compreendem que critérios presidem a diferenças tão significativas relativas a outras regiões.

Os deputados Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, entendem que “é importante que o processo seja claro, que todos os cidadãos sejam tratados de acordo com as suas circunstâncias e que sejam removidas as razões que conduzem a este resultado indesejável.” Lembram os deputados que “para além das cruciais considerações de saúde pública, há também o desafio da crise económica e social, e a reabertura da região que tem que estar preparada para o aumento brutal da mobilidade que virá nos próximos meses.