“Estou contentíssimo por estar aqui. Foi a primeira corrida que fiz pela Sky e adorei vencer”, recordou o australiano da Sky, logo no início da conversa com a agência Lusa.
A memória de Richie Porte não engana: uma rápida pesquisa e, de imediato, se confirma que aquela vitória na ‘Algarvia’, em 2012, conseguida com o apoio de uma Sky de luxo, com Bradley Wiggins como gregário, foi a sua primeira com o negro da formação britânica.
Naquele ano, vitoriado pelos colegas, que o atiravam ao ar, o corredor de Launceston parecia destinado a grandes sucessos, os mesmos que prometeu quando venceu a classificação da juventude na Volta a Itália de 2010, no ano de estreia no ProTour.
No entanto, aos 30 anos, Porte ainda não deu o salto definitivo de lugar-tenente para chefe de fila credenciado (2014, então, foi desastroso, sobretudo pelo colapso no Tour), uma realidade que, a julgar pelos resultados de 2015, pode estar já a mudar.
Antes de vencer a Volta ao Algarve de 2012, o ‘Diabo da Tasmânia’ sagrou-se campeão australiano de contrarrelógio, um feito que repetiu este ano e que o coloca no ‘top 3’ dos principais candidatos à vitória final nesta edição da prova portuguesa.
“Não tenho a certeza de que seja um favorito. Parece-me que [Michal] Kwiatkowski está em grande forma. Ele sabe que termina muito melhor do que eu na etapa de hoje [em Monchique]. Vamos ver... amanhã o contrarrelógio é bom para as minhas caraterísticas, e conheço bem a etapa de sábado, mas vamos ver”, disse à agência Lusa.
Porte não assume a candidatura à camisola amarela, mas não se nega a apontar mais favoritos: “O contrarrelógio [de 19 km] é longo o suficiente para que, talvez, Tony [Martin] esteja na discussão. Nunca podemos excluir Tony. E também há sempre surpresas...”.
Muito bem-disposto, na partida soalheira de Lagoa, o líder da Sky explicou à Lusa o porquê do seu sorriso, tão evidente quanto expressivo.
“É delicioso voltar aqui e a meteorologia ajuda, está fantástico. E o público é ótimo. É lindo correr numa equipa britânica e ter tantos britânicos na estrada a apoiar”, justificou.
Concentrado na Volta ao Algarve, que hoje vive a sua segunda etapa, entre Lagoa e Monchique, no total de 197,2 quilómetros, Porte lá levantou a ponta do véu para o que o espera esta temporada.
“A próxima [meta] é o Paris-Nice, depois o Giro é o principal objetivo da temporada. E depois, claro, ir ao Tour e ajudar o meu grande amigo Chris [Froome]”, revelou, respondendo com uma gargalhada quando questionado sobre se o britânico conseguirá repetir o triunfo de 2013 na ‘Grande Boucle’. “Veremos, veremos”, concluiu.
Por: Lusa