POESIA por Isidoro Cavaco | isidorocavaco@gmail.com

P’ra manter a tradição

E cumprir minha missão,

Hoje, dia de finados.

Fui as campas visitar

Ao cemitério e rezar,

Pelo perdão dos pecados.

 

Naquele lugar sagrado,

Recordei emocionado

O meu pai e minha mãe,

Vi, que não estavam sós,

Pois vi lá, tios e avós,

E alguns amigos, também.

 

Numa emoção, incontida,

Recordei, cenas da vida,

Que com todos, partilhei.

E sem conter, a emoção,

Também lembrei, meu irmão,

E de saudade chorei.

 

Pensei com os meus botões:

Do que valem ilusões?

Tudo aqui perde o valor.

Na ambição de tudo ter

E na ânsia do poder,

Esquecemos o amor.

 

Para quê, ódios e guerra?

Com sete palmos, de terra,

Tudo se perde e acaba.

A vida, é uma miragem,

Estamos cá, de passagem,

Morremos... e somos nada.