Numa conferência dedicada ao tema da seca no Algarve, Cristóvão Norte, vice-presidente do Grupo Parlamentar e líder do PSD Algarve, manifestou que «a região registou um sensível aumento de população, de turistas, de agricultura, ..

ou seja, crescentes necessidades de água, e, por outro lado, uma redução drástica da pluviosidade e gritante ausência de políticas públicas para enfrentar atempadamente o problema. Pouco ou nada se fez. Só se avançou para um plano de eficiência hídrica em 2019 e só se iniciou o financiamento desse plano em 2022, através do PRR. Estas hesitações conduziram a uma situação limite que impõe prioridade máxima.”

O deputado algarvio acentuou que “é inaceitável que se registem perdas de 30 % no ciclo urbano da água. Há 40 milhões a custo perdido para esse fim e os municípios só se candidataram a 14 milhões. Têm que se impor sanções a quem desperdiça água assim”, continuou afirmando que “a barragem da foupana tem que avançar de uma vez por todas, tal qual a ligação ao Pomarão e a reutilização massiva de águas residuais. Depois estudar a ligação ao Alqueva e a Santa Clara, fazendo a gestão de água de forma integrada, a sul. A palavra de ordem é fazer, investir. O mais importante é resolver o problema por uma geração.”

Norte chamou também a atenção para que “é necessário um plano de desenvolvimento regional que enquadre o portfólio de atividades económicas que têm lugar com as possibilidades hídricas da região. Sustentabilidade é imprescindível.”

Perante a perspetiva de o Governo tomar decisões sobre os cortes vigentes na região, Norte sublinhou que “creio ser possível aliviar cortes, mas devem ser iguais para todos, não exigindo mais a uns setores que outros, como aconteceu à agricultura.”

Organizada pelo PSD de Portimão, a sessão em causa reuniu especialistas como Pedro Serra, Macário Correia, Pimenta Machado, António Eusébio ou Pedro Valadas Monteiro, moderado por Filipe Isidro e teve lugar no Museu de Portimão, reunindo perto de 60 participantes.

 

PSD Algarve