O apelido Castanho ou Casteñón em Castelhano é proveniente do local de Membra, no concelho de Aller, Oviedo, onde esta família fundou o seu solar primitivo.
O significado do apelido vem da árvore com o mesmo nome Castanea sativa, originária da Anatólia (Turquia), mas que chegou á Península Ibéria, em época pré-Romana, provavelmente trazida pelos Fenícios.
O brasão (fig.) da família representa um Castanheiro juntamente com um lobo passante (Armorial Lusitano, 1961).
Casteñóns participaram na tomada do Emirato Murciano de Ibn Hud al-Dawla, pelos Castelhanos, em1243. O subsequente tratado de Almizra dividiu o Emirato fixando a fronteira entre os reinos de Castela de D. Alfonso X e de Aragão de D. Jaime I.
Os Castanhos portugueses vieram para Abrantes no reinado de D. João III (1521-57). Descendente destes, Pedro Gomes Castanho, nascido em cerca de 1600, neto materno de Manuel Serrão e de Margarida Rodrigues, era natural e governador de Vila Viçosa e foi casado com sua prima Maria Nunes Freire, da família dos Gama Lobo, de Olivença… tiveram como filhos Luís Gomes Castanho e Isabel Castanha.
Luís Gomes Castanho estudou e casou em Coimbra com Isabel Serrão. Foram pais de outro Pedro Gomes Castanho, moço do guarda roupa d’El Rei D. Pedro II, Cavaleiro-professo da Ordem de Cristo, Capitão de Cavalos (1664-67), Capitão-Mor do Redondo (1674), Provedor da Misericórdia de Redondo… Foi casado (1652) com Maria de Oliva e deixou descendência.
Isabel Castanha foi casada com António Vaz de Guzmán, natural de Ayamonte e filho de Salvador Gomes de Guzmán. Diogo Castanho de Guzmán, filho de Isabel e de António, viveu em Elvas e casou com Joana Pinto, de cujo matrimónio também ficou descendência.
No Algarve o apelido será mais antigo em S. Brás de Alportel, onde se encontrou nos registos paroquiais Margarida Castanha, casada com Miguel Afonso, por volta de 1600. Foram pais de Catarina Castanha, de João Afonso Castanho e de Manuel João Afonso, todos naturais de S. Brás e casados com geração conhecida…
