GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Farrajota é corruptela de Varejota, nome de sítio perto de Gilvrasino (Loulé).

João da Ponte (3) dito "o da Varejota", “o da Picota” e “o moço”, foi casado com Leonor Martins, de Gilvrasino e ambos faleceram em 1584.

João (3) foi filho de outro João da Ponte (2), de Loulé e de Catarina Lopes, de Gilvrasino. Ele morreu em 1589 e ela, que teria sido proprietária na Varejota e na Picota, faleceu em 1593.

Este João (2) foi filho de outro João da Ponte (1), de Loulé, casado com Aldonça Vaz. Este último (jornal «A Voz de Loulé», edição nº 1783 datada de 21 de fevereiro de 2014) poderá ser o sapateiro referido nas Actas de Vereação de Loulé como testemunha (1487) e quadrilheiro dos Inocentes (1494). Muitos Louletanos são seus descendentes...

Como o João (3) faleceu antes dos pais, o herdeiro da Varejota deve ter sido o seu irmão Lopo Fernandes da Ponte, o ascendente varonil do 1º Farrajota. Lopo foi casado, em 1570 com Beatriz Mendes e foram pais de Domingos Fernandes (1).

Domingos (1) nasceu no Gilvrasino, em 1586 e foi casado com Maria Dias. Foram pais de Domingos Fernandes (2).

Domingos (2) foi casado, em 1652, com Maria Martins, filha de João Andrés e de Filipa Martins, de Gilvrasino. Foram pais de Lourenço Martins.

Lourenço foi casado, em 1688 com Maria Mendes, de Alte e voltou a casar, em 1704, com Ana Vicente, filha de Domingos Vaz e de outra Ana Vicente, da Pena de Alte. Lourenço e Ana foram pais de Domingos Martins Farrajota, 1º do nome.

Domingos Martins foi casado, em 1734, com Maria da Ponte, filha de Lourenço Martins e de Guiomar da Ponte, do Gilvrasino. Domingos casou 2ª vez com Catarina da Conceição e faleceu em 1807. O apelido Farrajota teve continuação pela geração do 1º matrimónio. 

Domingos Martins Farrajota tal como os seus ascendentes e descendentes, por via masculina, era portador do haplogrupo Y-R1b3, o mais frequente na Europa Ocidental (Wells, 2006), que atinge 80% no País Basco e nas Ilhas Britânicas e 60% em Portugal (70% no Algarve). Este haplogrupo é característico dos Celtas que invadiram o Algarve no século V a.C.