O apelido Furtado (fig. brasão) teve origem em Fernán Pérez de Lara "el Hurtado" (n.1120 e +1156), assim alcunhado por ser filho ilegítimo de D. Urraca, Rainha de Leão e Castela (1109-1126) e de Pedro González de Lara. Tanto Urraca como Pedro eram viúvos, mas o casamento não teve lugar por motivos políticos que exigiram o casamento de Urraca com D. Afonso I, Rei de Aragão, com o objetivo, não atingido, da união dos respetivos Reinos.
D. Urraca era filha D. Afonso VI, Rei de Leão, Galiza e Castela e da sua 2ª esposa D. Constança de Borgonha (filha do Duque da Borgonha Roberto I e de Hélia de Semur).
Pedro González de Lara era filho do Conde Gonzalo Nunéz de Lara e de Goto (filha de Nuño Álvarez e de Maria Gutiérrez).
Gonzalo Nunéz era por sua vez filho de Nuño González e de Munia da Maia (filha de Gonçalo Trestamires da Maia e de Useu Soares).
Nuño González era filho de Gonzalo Nuñez Minaya e de Gondrota.
Gonzalo Nuñez era filho de Nuño González e de Dordia Diáz.
Nuño González era filho de Gonçalo Fernández e de Nuña (filha do Infante Nuño de Leão).
Gonçalo Fernández era filho do célebre 1º Conde de Castela (932-970) Fernán González e de Sancha Sanchez de Pamplona (filha do Rei D. Sancho I Garcez de Pamplona e de Toda Aznárez de Aragão).
Voltando a Fernán Pérez de Lara "el Hurtado“, ele esteve do lado de D. Teresa (meia irmã de D. Urraca, sua mãe) na batalha de S. Mamede (1128) contra seu filho D. Afonso Henriques. No seguimento da derrota, foi feito prisioneiro e viveu em Portugal.
Leonor Hurtada, a Senhora de Mendobil, foi filha de Fernán Pérez e casada com Diogo Lopez de Mendoza (filho de Lopo González de Mendoza e de Maria Garcia de Ayala).
Fernão Furtado de Mendonça, um dos filhos de Diogo López e de Leonor passou a Portugal no séquito da futura Rainha D. Brites (1253-1279). D. Afonso III deu-lhe a honra de Pedroso e casado com Guiomar Afonso de Resende (filha de Geraldo Afonso de Resende e de Teresa Soares Soldar) deixou geração – Rui, Afonso, Fernão, Estêvão, Leonor e Gonçalo…
