O apelido Revez ou Revés deve vir de alcunha e significa “contrário ou reverso”. A origem pode ter sido em Loulé e daí a apresentação deste brasão...
O registo mais antigo encontrado foi em Loulé, datado de 1522, referente a “Joham Reves” (Actas de Vereação de Loulé). O Joham pode até ser o 1º do apelido, devido ao seu comportamento arrevezado, foi repetidamente condenado a pagar coimas. Era mancebo do vereador e escrivão “Joham” Neto, o qual era filho de Luís Afonso, o anadel (capitão) pequeno dos besteiros (besta era arma de arremesso de setas e pelouros) do monte, d’EL Rei.
Outro ou o mesmo João Martjnz Revez foi tutor de três orfãos, em Santa Bárbara, no ano de 1564 (Santa Bárbara de Nexe a História, a Igreja e a Memória, 2006).
Os arquivos paroquiais de Santa Bárbara dão notícia de Ana Raveza que nasceu em cerca de 1555, tendo casado com Nicolau Martins na freguesia de S. Pedro de Faro.
Ainda de Santa Bárbara era Maria Reveza, nascida em cerca de 1620 e casada com António da Costa.
Domingos Gonçalves Revez, das Corgas na freguesia de S. Clemente de Loulé, nasceu em cerca de 1645 e casou em 1670/5/26 com Margarida Gonçalves. Ele era filho de João Gonçalves e de Maria Álvares e ela de Francisco Rodrigues e de Margarida Gonçalves, de Momprolé na mesma freguesia.
Pela mesma altura nasceu no Ameixial Maria Reveza casada com Bartolomeu Rodrigues; e também Catarina Reveza casada com João Martins Lobo, do Azinhal de Mouros (Ameixial). Eram seus escravos António Guerreiro e Maria Fernandes casados em 1702/7/26.
Contemporânias dos anteriores, mas naturais de Santa Cruz de Almodôvar, eram Bárbara Reveza casada com Domingos Baião; e Maria Reveza que casou em 1669/7/5 com Manuel Martins, a quem deixou viúvo antes de 1697/11/28.
O apelido permaneceu em Loulé. Idálio Revez, natural de Querença, é jornalista do Público, foi reporter da rádio e colaborador da imprensa regional. Faz parte do conselho administrativo da Fundação Manuel Viegas Guerreiro, também sediada em Querença.
