Numa ação de campanha numa área rural do município de Faro, Catarina Marques afirmou que cabe à Câmara criar as condições para que as populações “se fixem, diminuindo o contraste entre o interior e o litoral”.
A falta de transporte para a ida das crianças para a escola, a habitação, que “não existe ou é muito cara, a falta de médicos de família ou de uma sala de jardim-de-infância, são fatores que “distanciam” a cidade das zonas mais interiores, levando à “desertificação” dessas zonas.
Numa ação de contacto com a população em cafés e empresas, a comitiva apelou ao voto na coligação entre PCP e PEV para “romper” com o ciclo de governação socialista e social democrata no concelho, mas também se escutavam queixas.
Um empresário reivindicou um núcleo empresarial para o concelho, a preços que não sejam “estranguladores”, numa conversa que se estendeu a várias divergências de ideias entre as políticas de privatizações ou a “ineficiência” dos serviços públicos.
Os restantes cidadãos contactados durante a ação revelaram algum desinteresse pela política local, ou mesmo pelas eleições, com poucos a demonstrarem uma clara tendência de voto ou vontade em conhecer as ideias defendidas pelos partidos.
Na sequência de uma visita a um posto de correios, a candidata da CDU à Câmara de Faro criticou a política dos CTT em “não abrirem” postos nas freguesias rurais, passando o “encargo” para as juntas de freguesia.
Segundo a candidata, os CTT pagam “500 a 600 euros” às juntas de freguesia para garantirem o serviço postal, mas esse valor “não chega” sequer para pagar o funcionário.
Catarina Marques assumiu a intenção de recuperar o vereador perdido em 2017, mas também que a CDU mantenha a presidência da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe, uma das duas de cariz mais rural e a única que a coligação gere no concelho.
“Sabemos que a junta de Santa Bárbara vai continuar a ser CDU e esperamos mais votos e mais mandatos nas outras juntas para dar essa resposta de proximidade e ligados à causa pública e aos problemas efetivos das populações”, apontou.
Catarina Marques tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau - que se candidata a um terceiro e último mandato -, o antigo vereador socialista João Marques, Custódio Guerreiro (Chega), Elza Cunha (PAN) e Aníbal Coutinho (BE).
Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS obteve 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.