Leia o comunicado do CHEGA, em que é denunciado o caso de um «militar da GNR agoniza nos corredores do Hospital de Faro depois de acidente de viação em serviço»:

«Vimos pelo presente comunicado denunciar mais um caso que foi reportado à Distrital de Faro do partido CHEGA.

É com total espanto e desconsolo que vos comunicamos o péssimo serviço que mais uma vez o hospital de Faro insiste em prestar.

O nosso serviço público de saúde deveria funcionar devidamente e transmitir segurança a todos nós utentes do ontem, do hoje e do amanhã. Mas, infelizmente, chegou-nos a informação de que no passado dia 26 de abril, durante o normal patrulhamento da GNR, ocorreu um acidente de viação no qual os militares em serviço não tiveram qualquer responsabilidade.

Um dos militares deu entrada no hospital de Faro nesse mesmo dia por volta das 23h tendo sido observado no serviço de urgências dessa unidade hospitalar, onde lhe foi diagnosticado um braço partido, com necessidade de intervenção cirúrgica bem como uma luxação no ombro.

O militar foi ‘largado’ no corredor das urgências do hospital de Faro até às 2h da manhã do dia 28 (abandonado num corredor por cerca de 2 dias) tendo a essa hora sido transferido para o corredor do piso 6 (ortopedia). Ainda num corredor, foi visitado por oficiais da GNR que observaram tanto a sua condição física e psicológica, como as condições, ou melhor, a falta de condições das instalações. ‘Milagrosamente’ pelas 18h do dia 28, o militar à espera de uma intervenção cirúrgica desde o dia 26 é transferido do segundo corredor onde havia sido colocado para um quarto sem as mínimas condições, onde por exemplo não havia sistema de climatização, e a única água disponível era a da torneira.

Supostamente por se sentir abandonado por todos, temendo sucumbir à sua enfermidade por emergentes e inevitáveis complicações clínicas, vê-se obrigado a assumir o custo/responsabilidade da transferência para o hospital privado (HPA), uma vez que, primeiramente lhe foi comunicado que o tempo previsto para a cirurgia seria entre 2/3 semanas, e em segundo a própria GNR lhe informa que nenhum hospital militar tinha condições para o receber.

Desde que deu entrada no hospital de Faro no dia 26 decorreram quatro dias sem ter sido acompanhado por qualquer médico ou ortopedista, tendo sido assistido apenas por enfermeiras e auxiliares.

Chegado ao hospital particular foi prontamente admitido e posteriormente submetido à respetiva cirurgia.

A nossa saúde pública hospitalar está a morrer e arrasta os seus utentes para uma morte lenta. Este é só e apenas mais um infeliz caso, onde a vida humana é posta à sua sorte dentro de um hospital público pago com os nossos impostos e afins por todos nós. Chega deste governo brincar com a saúde dos portugueses».