por Rui Cristina | ruicristina19@gmail.com

Cumprindo a Constituição portuguesa, o Sr. Presidente da República respeitou a vontade dos portugueses, indigitando para primeiro-ministro o Dr. Passos Coelho líder do PSD, o partido mais votado nas eleições de 4 de outubro.

O Dr. Cavaco Silva demonstrou a sua visão de Estado, conservando-se alheio aos “cantos de sereia” dos partidos de oposição, que pretendiam subverter a tradição democrática de ser o partido mais votado a formar governo.

Torna-se agora necessário, em nome da estabilidade governativa do País, que os deputados na Assembleia da República "decidam em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem", como apelou o mais alto magistrado da nação. 

Depois de os portugueses expressarem de forma clara a sua vontade, esta não pode ser ignorada em especial neste período, em que tal significaria desrespeitar e tornar inúteis todos os esforços e sacrifícios feitos pelos portugueses em prol da credibilidade do país, que o anterior executivo liderado pelo Dr. Passos Coelho resgatou da banca rota, conduzindo-nos no caminho de recuperação económica.

A nossa democracia sempre respeitou o princípio de quem tem mais votos vence e é Governo e quem tem menos votos constitui-se como oposição.

Aos deputados da Assembleia da República compete agora “a responsabilidade de respeitar a vontade do povo e encontrar disponibilidade para encontrar compromissos”, como muito bem exigiu o Sr. Presidente da República.

Está nas mãos dos representantes do povo, com assento na Assembleia da República, deixarem passar o governo da coligação PSD/CDS e assim escolher a via da estabilidade do Governo, e recusar o aventureirismo de uma solução construída às três pancadas e sem qualquer credibilidade.