No âmbito da Estratégia Municipal de Eficiência Hídrica, para a maior poupança é melhor gestão da água, a Câmara Municipal de São Brás de Alportel tem vindo a apostar forte com investimentos muito significativos que vêm reforçar um caminho que vem sendo trilhado continuadamente.

Só desde o passado ano de 2021 e até ao momento  já foram investidos cerca de 400.000,00 euros, um reforço de investimento de 200% em orçamento, direcionado para a aquisição de tecnologia e equipamentos monotorização e controlo de perdas de água e requalificação dos espaços com vista a um controlo mais eficaz das perdas e redução do consumo.

Consciente da necessidade de intervir e combater as perdas de águas na rede de abastecimento, o município robusteceu, no início do presente ano, o sistema de telegestão existente, mediante a aquisição e colocação de novos caudalímetros em pontos estratégicos do território são-brasense. Um investimento superior a 45.000,00 euros, para o qual foi possível conquistar a aprovação de um projeto, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, que tem por objetivo a melhoria significativa na medição de caudais na rede de abastecimento de águas e verificação de eventuais perdas no circuito para uma monotorização mais célere e eficaz deste precioso recurso natural.

A monotorização do abastecimento de água na zona serrana, onde a escassez de água se faz sentir de forma mais evidente foi munida de contadores, promotores de uma maior consciencialização e controlo para uma utilização racional da água.

A par destas ações o município deu ainda início a um conjunto de intervenções, previstas de forma gradual, nos espaços públicos, nomeadamente nas rotundas do município. Neste sentido, encontram-se a decorrer a bom ritmo as obras de alteração profunda a nível de consumo de água  nas Rotundas dos Almocreves e das Oliveiras, na Variante Sul, num investimento de 35.096,78 euros, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, com vista a uma drástica redução na rega.

Trata-se de uma intervenção integrada em termos estéticos, que prioriza a substituição da vegetação existente por espécies autóctones, com pouca necessidade de rega, e/ou a predominância do uso de inertes britados ou rolados, com vista a uma drástica do consumo de água e custos de manutenção a longo prazo.

Face ao agravamento da falta de água, a Câmara Municipal aprovou ainda recentemente novas medidas que vêm intensificar as ações de racionalização e redução do consumo deste recurso essencial.

Em reunião de câmara de 16 de agosto foi apresentada a avaliação da monotorização das 17 medidas aprovadas no mesmo órgão a 15 de fevereiro e na Assembleia Municipal de 25 de fevereiro último, bem como novas medidas mitigadoras do consumo da água a implementar.

As referidas ações integram, entre outras medidas  o encerramento dos lavadouros públicos; o aproveitamento das águas provenientes das operações de “back wash” das piscinas municipais, para lavagens de ruas, lavagem de contentores de resíduos urbanos e desobstrução de coletores com água; a intensificação da renovação do parque de contadores; o reforço da fiscalização no combate ao uso abusivo e desperdício de água; a redução da pressão sempre que possível; a avaliação do tarifário em vigor e ainda a redução da limpeza dos espaços públicos, mantendo as condições mínimas de salubridade.

Medidas que em conjunto contribuem de forma decisiva para a redução do consumo da água, além de sensibilizar para uma maior consciencialização da atitude individual na gestão deste recurso vital para o bem estar global.