A obra, com a chancela das Edicões Mahatma, conta a história de uma aldeia improvável, habitada por gentes singulares e pelos seus segredos.
Na sinopse oficial, pode ler-se: «Era uma vez uma aldeia beirã perdida no interior de um país que acabara de sair de uma revolução. Era uma vez um lugar que se vai desvelando e deixando desenhar como cenário e simultaneamente como protagonista. Nele coincidem viver personagens tão distintas como um casal de forasteiros que ali mandou edificar uma casa sem fim ou uma mulher com nome de flor e um primo que tinha nome de rei e que governou até ao fim dos seus dias um lar sem flores. Ou ainda uma moça que era vista, em noites de lua cheia, a lavar os seios na fonte. Ou tantas outras. Cada personagem traz agrilhoados segredos, que arrasta vida fora. Uns manter-se-ão ocultos, na penumbra; outros revelar-se-ão, à medida que o dia avança e a luz os ilumina com focos que ora recaem sobre um homem que também é lobo, ora sobre um outro que acredita ser meio cristo, meio mulher, meio pregador, meio meretriz. Outros espaços se deixam iluminar: a mercearia, a tasca, a igreja, o largo, o rio. Este último é precisamente o palco de uma das maiores tragédias: um jovem surge numa bateira que encalha na margem. Vem morto. Penumbra é essa aldeia situada algures entre o Caramulo e a Beira-Mar, num vale que bebe dos ares da serra e do mar, não muito longe donde houvera em tempos uma campa que, ao que parece, piava».
João André Tavares Henriques nasceu a 16 de setembro de 1980, em Águeda. Licenciou-se em Estudos Portugueses, pela Universidade do Algarve, onde concluiu a Pós-Graduação em Educação Artística – Teatro e Educação. Posteriormente, frequentou, na Universidade de Aveiro, a licenciatura e mestrado em ensino de Português e Espanhol, concluindo-o em 2014.
O ensino de nível básico e secundário e a formação de professores e adultos tem sido a sua atividade profissional nos últimos anos.
Em 2010, publicou o livro «Poema Dois Pontos» e tem publicado diversos artigos científicos, sobre o potencial da Língua Portuguesa, em várias revistas da especialidade.
Depois de incursões pela música, pelo teatro e pela poesia, apresenta agora o seu primeiro romance.
Por: Filipe Vilhena