Portugal inicia hoje a sua participação no Campeonato da Europa Amador por Equipas – o Men’s European Amateur Team Championship –, uma organização da Federação Finlandesa de Golfe, em colaboração com a Associação Europeia de Golfe (EGA), que se prolonga até ao dia 12.

O palco escolhido é o Lynna Golf, a cerca de 100 quilómetros de Helsínquia, um campo que recebeu anteriormente o Europeu individual e uma etapa do Challenge Tour.

Entre um total de 16 equipas, a Inglaterra defende o título alcançado no ano passado na Dinamarca, onde Portugal foi 13º, ocupando o último lugar com direito a qualificação direta para o Europeu do ano seguinte.

A seleção nacional da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), liderada pelo selecionador Nuno Campino e pelo capitão José Pedro Almeida, foi alvo de uma forte renovação.

Dos seis jogadores, quatro vão participar pela primeira vez na prova: Tomás Santos Silva (21 anos), João Magalhães (18 anos), Victor Lopes (17 anos) e João Girão (16 anos).

Há só um veterano, João Carlota (24 anos), que foi convocado pela quinta vez, enquanto Gonçalo Costa (18 anos) será internacional neste Europeu pela terceira vez, mas apenas a segunda em fases finais, dado que há dois anos jogou as qualificações.

O principal objetivo de Portugal deverá ser ficar no top-13 que lhe permita jogar de novo o Europeu em 2015, mas a ambição – como referem alguns jogadores – é grande, é integrar pela primeira vez o “Flight-A”, ou seja, terminar a primeira fase, de “stroke play” entre as oito primeiras equipas.

O melhor resultado da seleção nacional é o 12º posto, obtido por duas vezes:

Em 2007, na Escócia, com os jogadores Pedro Figueiredo, Nuno Henriques, Bernardo Frère, Ricardo Melo Gouveia, João Carlota e Tiago Rodrigues;

Em 2008, em Itália, com os jogadores Pedro Figueiredo, José Maria Joia, Manuel Violas, Tiago Rodrigues, Ricardo Melo Gouveia e Nuno Henriques.

Eram equipas sólidas, com muita experiência internacional e Nuno Campino sabe que não será fácil superar esse legado: «No passado tínhamos individualmente uma equipa fortíssima, mas não conseguimos bem os resultados que queríamos (o “Flight-A”). Espero que este ano os resultados sejam melhores porque temos um coletivo forte».

Os objetivos nacionais poderão ficar logo definidos nos dois primeiros dias de prova em que se joga em “stroke play” (por pancadas). Qualquer lugar entre os oito primeiros seria uma estrondosa vitória.

«É um torneio muito difícil. Temos as 16 melhores equipas da Europa e contam-se cinco dos seis melhores resultados em cada um dos dois dias. Tudo pode acontecer», avisa o profissional que ocupa o cargo de treinador nacional da FPG.

Terminados esses 36 buracos, inicia-se a fase de “match play” (eliminação direta), na qual as oito primeiras nações discutem o título e as oito restantes procuram, sobretudo, ficar no top-13 para evitar a descida de divisão.

«Sinto que foram escolhidos os seis melhores desta altura, os que mais confiança me dão», assegura Nuno Campino, que estava consciente da necessidade de renovação: «Estava a ser preparada ao longo dos anos. Eu sabia que o Ricardo Melo Gouveia, Pedro Figueiredo, Gonçalo Pinto, Miguel Gaspar iriam passar a profissionais mais dia, menos dia. A renovação tinha mesmo de ser feita. No ano passado o João Girão já jogou muitas provas internacionais e o Victor Lopes algumas, porque sabia que teria de contar com eles no Europeu. Este ano também os convoquei algumas vezes».

As 16 equipas são as seguintes: Portugal Suíça, Suécia, Espanha, Escócia, Holanda, Itália, Irlanda, Alemanha, França, Finlândia, Inglaterra, Dinamarca, Bélgica, Áustria e Islândia.

 

Por FPG