Descida do preço da energia e a desaceleração dos preços dos alimentos estimulada pelo cabaz IVA zero explicam queda da inflação.

A inflação em Portugal continua a descer rumo ao objetivo dos 2%, patamar em que é garantida a estabilidade dos preços. Os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que a inflação no nosso país desceu para 4,0% em maio, face aos 5,71% registados em abril. Por detrás desta diminuição da inflação está a descida dos preços da energia e a desaceleração dos preços dos alimentos estimulada pelo cabaz IVA zero.

“A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 4,0% em maio de 2023, taxa inferior em 1,7 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, destaca o INE no boletim publicado esta quarta-feira, dia 31 de maio, dando nota que os dados definitivos sobre a inflação em Portugal serão divulgados no próximo dia 14 de junho.

Mas porque desceu a inflação em maio? Segundo explica o gabinete de estatística português, “esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em maio de 2022 e ainda pela isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”.

Assim variaram os preços da energia e dos produtos alimentares em maio:

  • Preço dos produtos energéticos diminuiu para -15,5% (-12,7% no mês precedente);
  • Preço dos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 8,9% (14,1% em abril).

Já excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, a inflação subjacente ter-se-à fixado nos 5,5% em maio (6,6% no mês precedente), estima o INE.

Face ao mês anterior, a variação da inflação em Portugal terá sido -0,7% (0,6% em abril e 1,0% em maio de 2022). Estima-se uma variação média do IPC nos últimos doze meses de 8,2% (8,6% no mês anterior).

Para comparar a inflação nos diferentes países da Zona Euro é utilizado o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC). E o IHPC português terá registado uma variação homóloga de 5,4% (6,9% no mês precedente).

 

Por: Idealista