A Comissão Concelhia do PCP de São Brás de Alportel emitiu um comunicado onde pede a «valorização do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul e do SNS».

«Uma vez mais o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul vê-se ensombrado pela denúncia da associação Movimento Determinante de que continuam a verificar-se problemas de há muito 'como a falta de recursos humanos e materiais, a baixa ocupação a nível de internamento de utentes a quem o Centro se destina, a elevada lista de espera, o constante depósito de doentes do Hospital de Faro neste Centro, assim como o longo atraso (em alguns casos ultrapassando os dois anos) na entrega de ajudas técnicas e materiais de apoio'», escreve. 

«As denúncias aqui dirigidas ao CMFR Sul, que se encontra sob a tutela do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), são o reflexo, não de escolhas isoladas apenas em relação a este Centro, mas de políticas que, a nível nacional, têm conduzido à existência de problemas sentidos um pouco por todo o país no Serviço Nacional de Saúde (SNS)», acrescenta o partido.

«Ao contrário dos que defendem o negócio da saúde e os interesses dos grupos privados, o Partido Comunista Português (PCP), como tem vindo a fazer desde 2013, defende que o caminho não é voltar aos tempos das Parcerias Público Privadas, mas antes criar condições objetivas para a valorização do CMFR Sul, integrado no SNS! Em grande medida bastará, para esse fim, que os milhões que eram disponibilizados aos privados que geriam o Centro surjam agora, novamente, disponibilizados no âmbito da gestão pública e de qualidade que defendemos». 

Além disso, «é preciso não ignorar que a resposta não será exclusiva ao CMFR Sul: É urgente tomar medidas de valorização e reconhecimento dos trabalhadores da saúde, no sentido de se obter um SNS mais robusto em toda a sua oferta. Neste sentido é fundamental a existência de trabalhadores motivados, com perspetivas de carreira e de desenvolvimento profissional, sendo esta uma questão central no reforço da capacidade do SNS». 

«É preciso dotar as unidades de saúde integradas no SNS dos profissionais em falta, sejam eles médicos, enfermeiros, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos ou assistentes operacionais. Para tal é necessário proceder à abertura das vagas necessárias e garantir as condições para os profissionais aí se fixem, sejam em termos remuneratórios, em termos de ingresso e progressão nas carreiras, seja na disposição dos equipamentos e meios adequados às necessidades de resposta que são esperadas».

«Bem sabemos que a adoção destas medidas é contrária aos que, desde há muito, 'piscam o olho' aos privados, a quem têm vindo a trocar o direito  
à saúde pelo “negócio da doença”. Falamos de PS e PSD, mas também de outros, que executando ou defendendo políticas de direita, de forma mais ou menos ativa têm contribuído para a degradação do SNS e, consequentemente, do CMFR Sul»

«Da nossa parte, continuaremos a defender a adoção de medidas para a efetiva contratação dos trabalhadores em falta para que possa ser alcançado o potencial pleno de oferta terapêutica no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, bem como a dotação dos meios financeiros e técnicos necessários para a prestação de um serviço adequado às reais necessidades dos seus utentes, que desde aqui saudamos, em conjunto com os trabalhadores do Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, por não ignorarmos que, através das suas muitas iniciativas, foram sempre de extrema importância na luta pela valorização do Centro, e, consequentemente, do SNS», termina o partido.