As famílias portuguesas não surgem entre as mais pessimistas, mas superam a média verificada na Zona Euro: 35,6% contra 33,2%.
Continua a haver um forte desfasamento entre a perceção e a realidade no que diz respeito ao acompanhamento da inflação por salários, bem como por outros rendimentos que compõem os orçamentos familiares. O que tem, depois, impacto no poder de compra. Dados do Banco Central Europeu (BCE) indicam que o pessimismo injustificado supera largamente o otimismo, numa dimensão que representa um terço (33,2%) das famílias nos países do euro, ou 33,2%. E Portugal encontra-se, neste indicador, acima da Zona Euro (35,6%).
Segundo o Jornal de Negócios, que se apoia em dados que constam no último Boletim Económico do BCE, as famílias portuguesas não surgem entre as mais pessimistas, apesar de superarem a média verificada na Zona Euro. Áustria (39,5%), Itália (39,4%) e França (37,2%), por estar ordem, apresentam os níveis de pessimismo mais elevados enquanto a Bélgica (16,2%) é o país onde há indexação de salários e outros rendimentos à inflação e a recuperação do poder de compra terá sido mais rápida.
O indicador utilizado é o do "pessimismo líquido", escreve a publicação, salientado que se trata de uma medida que traduz a diferença entre as percentagens de famílias que subestimam ou sobrestimam a evolução do respetivo poder de compra.
 
Idealista News