A perda de audição é, normalmente, um processo lento e gradual, podendo ser difícil detetá-la, especialmente nas fases iniciais. Especialistas esclarecem os sinais a que devemos estar atentos e reforçam a importância de uma deteção atempada dos problemas auditivos.
Estima-se que, em média, as pessoas demorem cerca de 7 anos a decidir avançar com a resolução dos seus problemas auditivos, adiando, muitas vezes, a procura de ajuda, ou porque nem se apercebem da sua existência ou porque negam a gravidade do mesmo. Eis os sinais a que devemos estar atentos:
 
1. Pedir frequentemente para repetirem o que disseram.
Se notar que pede constantemente às pessoas para repetirem o que disseram, mesmo em ambientes mais silenciosos, pode ser um sinal de que não está a ouvir com clareza. Esta dificuldade pode ser especialmente evidente em conversas com várias pessoas ou em ambientes com ruído de fundo, como restaurantes, festas, centros comerciais e outros locais com muita gente a falar ao mesmo tempo, que podem tornar-se verdadeiros desafios para quem sofre de perda auditiva. Se tem vindo a evitar encontros sociais ou a sentir-se excluído em conversas com várias pessoas, pode ser que a perda auditiva esteja na origem do problema.
 
2. Zumbido: um sinal frequente de perda auditiva.
O zumbido, também conhecido como acufeno ou tinnitus, é a perceção de sons na ausência de uma fonte sonora externa. Pode manifestar-se como um zumbido, assobio, apito, sons de batimentos cardíacos ou outros ruídos. Afeta cerca de 15% da população mundial e, em 90% dos casos, está ligado à perda auditiva. Na presença de perda auditiva, o cérebro, privado de estímulos sonoros externos, pode começar a gerar os seus próprios ruídos para compensar essa falta. Se experienciar zumbido de forma persistente, é crucial consultar um profissional de saúde auditiva.
 
3. Aumentar o volume da televisão.
Se os seus familiares se queixam constantemente do volume alto da televisão, ou se sente necessidade de aumentar o volume para níveis mais elevados do que antes seria normal, é importante considerar a possibilidade de perda auditiva. Este comportamento surge porque, à medida que a audição diminui, certos sons, especialmente os mais agudos ou suaves, tornam-se mais difíceis de perceber. Inconscientemente, a tendência é compensar esta dificuldade aumentando o volume, de forma a tornar os sons audíveis novamente. No entanto, esta solução é apenas temporária e não resolve o problema subjacente. Pelo contrário, a exposição contínua a volumes elevados pode, inclusivamente, agravar a perda auditiva a médio/longo prazo.
 
4. Ouvir música alta pode causar perda de audição.
É verdade. A perda auditiva induzida por ruído desenvolve-se gradualmente e, muitas vezes, as pessoas não se apercebem do problema até que a perda auditiva se torna significativa. A exposição frequente a níveis sonoros elevados, como concertos, discotecas, ou mesmo o uso prolongado de auriculares com volume excessivo, pode causar danos irreversíveis à sua audição. Para proteger a sua audição, é crucial limitar a exposição a ruídos altos. Recomenda-se que o nível de ruído não ultrapasse os 85 decibéis durante períodos prolongados. Lembre-se: uma vez danificadas, as células ciliadas e os nervos auditivos não se regeneram.
 
Julieta Martins, Audiologista na Widex – Especialistas em Audição, reforça ainda que “a perda auditiva não tratada pode ter consequências significativas na qualidade de vida, afetando a comunicação, as relações interpessoais, o desempenho profissional e o bem-estar emocional. Quanto mais cedo for o diagnostico, melhor será o prognóstico e maior a probabilidade de preservar a qualidade de vida da pessoa”.
 
Se se identifica com algum destes sinais, não hesite em procurar ajuda profissional.
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Hill & Knowlton