«A degradação do Serviço Nacional de Saúde quer na região do Algarve, quer no País, é inseparável das opções de sucessivos governos de submissão ao défice das contas públicas – que impede o investimento nos serviços públicos – e de favorecimento dos interesses dos grupos económicos privados que beneficiam do desvio de recursos do sector público para o sector privado», escreve o PCP em comunicado.

«Muitos são os exemplos que comprovam esta realidade no Algarve. A mais recente situação que confirma a ausência de respostas do Governo foi o encerramento da urgência de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital de Portimão, que se junta aos encerramentos já verificados na urgência pediátrica no Hospital de Faro. Mas este é apenas mais um problema entre muitos outros - designadamente nos cuidados de saúde primários, com 90 mil pessoas sem médico de família na região - que não encontram resposta nas opções do Governo», continua o PCP.

«Esta situação, revela não só a ausência de medidas que garantam a atração e fixação de médicos e de outros profissionais de saúde no SNS – como o PCP tem proposto designadamente durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2022 - mas também, uma política que contribui para alimentar o negócio dos grupos económicos privados que lucram com a falta de resposta do SNS, como aliás também defendem PSD, Chega, IL e CDS», continua o partido.

Sob o lema “Salvar o SNS, Defender o direito à Saúde”, o PCP, na próxima quarta-feira, dia 29 de Junho, irá realizar, com a participação de Bernardino Soares, membro do Comité Central do PCP, um Debate Público na Av José da Costa Mealha (frente ao CineTeatro Louletano) em Loulé, pelas 18 horas.