O aumento do preço dos combustíveis e a instabilidade dos preços da energia está a fazer com que várias empresas voltem a adotar o regime teletrabalho, de forma alternada, ou o modelo de trabalho híbrido. Uma forma de minimizar o impacto da subida dos preços no bolso dos trabalhadores e nas contas da própria empresa.
Um dos exemplos é a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Fonte da FPF adiantou, citada pelo Público, que a modalidade de trabalho alternado permite aos funcionários «alguma poupança face ao aumento do preço dos combustíveis e à instabilidade dos preços da energia provocados pela guerra na Ucrânia».
A verdade é que, em algumas áreas, o teletrabalho é um modelo viável e que pode dar resposta a situações como a que se está a viver com a subida dos preços dos combustíveis.
Empresas já estão a olhar para esta possibilidade
Citado pela publicação, Pedro da Quitéria Faria, sócio da Antas da Cunha Ecija e Associados, diz que, até ao momento, ainda não foi chamado a elaborar adendas aos contratos ou a analisar pedidos de trabalhadores que visem a adoção imediata de regimes de teletrabalho ou híbridos com base «nesse ponderoso argumento».
Há, no entanto, empregadores que estão a analisar esta possibilidade. «Em algumas empresas esta possibilidade está claramente em cima da mesa, nomeadamente, para que possa vir a produzir efeitos já a partir de abril, e na perspetiva de que o aumento exponencial do preço dos combustíveis se venha a manter e a agudizar. Vejo esta possibilidade como uma realidade a muito curto prazo, quer a alteração do regime de laboração seja promovida pelas entidades empregadores, quer pelos trabalhadores, na medida em que este aumento desenfreado do preço tem consequências diretas nos custos de ambas as partes da relação laboral», refere.