A TAP Air Portugal registou lucros líquidos de 400 mil euros no final do 1.º semestre de 2024, correspondendo a uma quebra de 98,3% face aos 22,9 milhões de euros obtidos em igual período de 2023, informa a companhia aérea em comunicado.
Nos primeiros seis meses de 2024, as receitas operacionais da TAP aumentaram em 3,3%, passando de 1.906 milhões de euros para 1.967 milhões de euros, constituindo os rendimentos provenientes das passagens aéreas o grande bolo das receitas com 1.761 milhões, ou seja, mais 2,6% que no primeiro semestre do ano passado.
Mas se as receitas aumentaram nestes primeiros seis meses, também os custos subiram, informando a TAP que passaram de 1.789 milhões de euros, no final do 1.º semestre de 2023, para 1.857 milhões de euros no final do mesmo período de 2024.
Na alínea dos gastos operacionais, destaque para a baixa com os combustíveis, que passaram de 543 milhões para 517 milhões (-4,7%), enquanto os cursos com pessoal registaram um aumento de mais de 35%, passando de 281 milhões de euros para 380 milhões de euros.
No comunicado pode ainda ler-se que A TAP registou, no primeiro semestre de 2024, um aumento dos resultados operacionais recorrentes face a 2023, atingindo um EBITDA recorrente de 372,7 milhões de euros (+3,1%), com uma margem de 19%, e um EBIT recorrente de 139,2 milhões de euros (+11,8%), com uma margem de 7%.
No período em análise, a TAP transportou 7,698 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 1,6% face aos 7,579 milhões de igual período de 2023, passando o load facto de 80,2% para 81,1%, e tendo a companhia aérea feito menos 358 voos nos primeiros seis meses de 2024, totalizando 57.232 partidas contras as 57.590 de período homólogo de 2023.
Luís Rodrigues, presidente-executivo da TAP, considera que “continuámos no segundo trimestre de 2024 o caminho necessário de transformação estrutural da TAP. O investimento nas pessoas e nas operações continua a confirmar a aposta e a mostrar resultados: uma grande redução das irregularidades, o contínuo aumento da pontualidade e da regularidade, e o aumento do NPS (o índice de satisfação do cliente), com consequente crescimento das receitas. Especial destaque para área de Manutenção e Engenharia, que começa a realizar o seu potencial.”
“O forte desempenho no segundo trimestre” – prossegue Luís Rodrigues – “permite um resultado líquido positivo no semestre, que, apesar de reduzido, é atingido pela segunda vez consecutiva, mas agora sem cortes salariais.”
“Continuamos o caminho para o qual nos propusemos, com o compromisso das nossas pessoas e apoio dos nossos stakeholders: estabelecer a TAP como uma companhia sustentadamente rentável e uma das mais atrativas da indústria”, conclui o Luís Rodrigues.
2.ª semestre com lucro, mas menos
Se a quebra nos lucros no semestre foi de 98,3%, no final do 2.º trimestre a TAP registou uma descida na mesma alínea de 10,1%, passando de 80,3 milhões de euros para 72,2 milhões de euros.
Nestes três meses, as receitas operacionais da transportadora área nacional fixaram-se nos 1.106 milhões de euros, ou seja, uma subida de 3,4% face aos 1.070 milhões de euros do 2.º trimestre de 2023. Também aqui, as passagens aéreas representam a maior fatia, com os rendimentos a ascenderem a 986 milhões de euros, correspondendo a uma subida de 0,8% face aos 978 milhões de euros de igual período de 2023.
Também a Manutenção aumentou rendimentos neste 2. trimestre, fixando-se nos 71,8 milhões de euros, ou seja, mais 71,4% que nos mesmos meses de 2023.
Já os gastos operacionais da TAP no 2.º trimestre de 2024 baixaram 0,8% relativamente ao mesmo período de 2023, totalizando 938 milhões de euros, contra os 946 milhões de período homólogo de 2023.
E se nos combustíveis se registou uma ligeira baixa (-0,8%) nos custos, fixando-se nos 263 milhões de euros, sentido inverso tiveram os gastos com pessoal que passaram de 157 milhões de euros, no 2.º trimestre de 2023, para 186 milhões de euros no final do mesmo período de 2024.
O EBITDA recorrente totalizou 289 milhões de euros no 2.º trimestre de 2024, aumentando em 47,4 milhões de euros (+19,6%) em comparação com o 2.º trimestre de 2023. O EBIT recorrente aumentou em 47,9 milhões de euros (+35,5%) face ao mesmo trimestre do exercício passado, totalizando182,5 milhões de euros, representando uma margem de 16,5%. Considerando itens não recorrentes, o EBIT totalizou 168 milhões de euros, informando ainda a TAP que, comparando com os níveis pré-crise, o EBIT recorrente e o EBIT aumentaram em 163,7 milhões de euros e 151,6 milhões de euros, respetivamente.
Neste 2.º trimestre, a TAP informa que transportou 4,165 milhões de passageiros, correspondendo a um aumento de 2,4% face aos 4,069 milhões de igual trimestre de 2023, com um load factor de 82,7% (+1,4% que no 2.º trimestre de 2023), tendo a companhia realizado 30.232 voos, ou seja, mais 199 que em igual período do ano passado (+0,7%).
A 30 de junho de 2024, a frota operacional era composta por 99 aeronaves, sendo que 68% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família neo (face a 67% a 30 de junho de 2023 e 27% a 30 de junho de 2019).
Relativamente a rotas, a TAP indica que foram reabertos, durante o segundo trimestre, cinco destinos a partir de Lisboa para a época de verão: Ibiza, Alicante, Palma de Maiorca, Menorca e Agadir. A somar há ainda uma nova rota, para a época de verão, de Lisboa para Caracas, com regresso por Funchal.
A concluir, a TAP revela que a aposta no mercado brasileiro “vai crescer”, com a abertura de uma nova rota, Florianópolis, e a reabertura de outra, Manaus, aumentando a oferta para 13 destinos através de 15 rotas.
Por: Publituris