Amigo, ao ver-te partir,
Sinto lágrimas cair,
Na minha face, tão triste.
Minha alma, na dor que sente,
Só pergunta, tristemente,
Joaquim, porque partiste?
Sempre às causas dedicado
E aos ideais abraçado,
Até às horas finais.
Foi amigo de verdade,
Hoje choro, com saudade,
Partiste, cedo demais.
No seu sonho sem fronteiras,
Passou muros e barreiras
E as causas, sempre venceu.
Lá porque Deus o levou,
Pelo que fez e deixou,
Partiu, mas não morreu.
E de vitória em vitória,
Construiu sua glória,
Sem mendigar elogios,
Pela sua honestidade,
Será p’ra eternidade,
Orgulho, dos algarvios.
Adeus, amigo Joaquim.
Neste desgosto sem fim,
De tristeza e nostalgia,
Por ser já grande a saudade,
Eu digo, com amizade,
Amigo... Até um dia.