por Luís José Pinguinha | Vice-presidente do Louletano | FUTEBOL | Acompanhando as jovens promessas do Louletano

Alexandre Dias, um menino da Soalheira que é de ouro

 

Às vezes é necessário um murro no estômago para dar o salto. A nossa Seleção é um bom exemplo para muitas empresas.

Passado o turbilhão dos festejos da justa vitória da nossa Seleção, importa fazer algumas leituras que fazem a diferença no resultado de qualquer organização ou equipa de trabalho, como foi o caso.

É perante a adversidade que se mede o estofo de uma equipa. Acredito sinceramente que foi o que aconteceu ao Cristiano Ronaldo em campo que nos catapultou para a vitória. A mudança de atitude tem este poder. Esse murro no estômago serviu para tirarmos as garras de fora e mostrar, sem medos, sem subtilezas, o quanto queríamos ganhar. Serviu para a equipa lutar mais, correr mais, arriscar mais. Agora, mais do que nunca, tinha que ser nossa!

Às vezes é necessário desviarmo-nos da estratégia. Sair e fazer sair da zona de conforto permite revigorar forças, unir energias e descobrir talentos inesperados.

Por seu lado, quando o resultado individual deixa de ser o mais importante e o foco passa a ser o resultado global, o resultado é sempre ampliado. Foi o que Cristiano fez. Qualquer colaborador de uma empresa que seja competitivo, inconformado, irreverente, quer chamar a si os resultados. No entanto (já aqui o disse anteriormente) se esse colaborador estiver totalmente envolvido com os objetivos e com a missão da empresa, estes prevalecem. A atitude de Cristiano é bem prova disso.

Numa Equipa (ao contrário de um grupo), os melhores puxam pelos outros, ajudam, desenvolvem, motivam, instigam, impulsionam. Foi o que aconteceu na nossa Seleção. Nem sempre o objetivo é cumprido pelo “melhor” mas isso não interessa nada para o resultado final porque se um ganha, ganham todos.

Liderar é encorajar, motivar, inspirar! É estar em campo mesmo sem estar dentro das 4 linhas, é orientar, passar a força, a garra, a determinação que só mostra uma opção: chegar lá! E a liderança não tem que estar concentrada num único elemento, pode bem ser partilhada sem qualquer dano. Fernando Santos mostrou mais uma vez a sua inteligência ao partilhar a sua liderança, naqueles momentos tão críticos, com Cristiano Ronaldo. A Equipa saiu a ganhar e ele (obviamente) também.

Coloquem o vosso melhor colaborador ao serviço da Equipa. Não se conformem em ter um Cristiano Ronaldo na vossa organização, encarreguem-no de inspirar os outros a serem tão bons como ele, até os que aparentemente possam ser mais frágeis. Grande exemplo, Eder!

 

 

Dani, o guarda-redes fotogénico e eficaz

 

Nome: Daniel Pereira Medeiros “Dani”

Ano nascimento: 2003 (17 fevereiro)

 

Talvez por influência do irmão, que representou o Louletano, como guarda-redes, nas camadas mais jovens (movendo-se atualmente na área do Futsal), Dani desde muito pequeno que demonstrou gosto pelo lugar de guarda-redes.

Mas, para além desse gosto, o que saltava à vista era a apetência e as qualidades que evidenciava nesta posição.

Felino, qual perfeito contorcionista, Dani, muito bom tecnicamente, rápido na decisão e na saída dos postes e excelente a jogar com os pés, tem muitos e vastos predicados que fazem dele um guarda-redes bastante interessante.

Pena não ter mais uns centímetros de altura, o que o beneficiaria bastante, sobretudo nas saídas a cruzamentos, o seu lado menos bom pelas dificuldades que denota em libertar-se dos bloqueios dos adversários.

Tal “handicap” obriga-o, no entanto, a resolver os problemas que se lhe deparam de outra forma. E é assim que Dani brilha a jogar entre os postes, realizando daquelas defesas que dão pontos, outras coreograficamente tão esbeltas quanto atraentes aos sentidos dos espectadores e que fazem as delícias dos fotógrafos.

Porque, ao contrário do que possa parecer, Dani não joga para a fotografia, o seu estilo é que é fotogénico mas também é extremamente eficaz.