O apelido “Amado”, de nome próprio, foi adotado mais tarde a patronímico.
O primeiro que se conhece foi o fidalgo Pelaio Amado (ver ascendência em Almeida, Voz de Loulé, ano 63, nº 1836), das relações do Conde D.Henrique (1096-1112). Foi um dos fundadores do Mosteiro de Cister do Bouro. Casou com Moninha Guterres, dama de D.Teresa e filha de Mem Martins de Ribadouro e de Ouroana "Gontinha" Mendes de Sousa. Foram pais de Soeiro.
Soeiro Pais Amado foi casado com Justa Pais, filha de Paio Guterres da Silva, alcaide do Castelo de Penela (1129) e de Ouroana Henriques. Foram pais de Paio Guterres “Almeidão”, origem dos “Almeida” e de Amado Viegas.
Amado Viegas Soares casou com Uzenda Ramires (filha de Ramiro Pinhones, Sr. de Távora). No dote de Uzenda (1158) vinha o lugar da Granja que o casal doou ao Mosteiro de S.Pedro das Águias, Távora (1165). Foram pais de Rodrigo.
Rodrigo Amado, casado com Maior Esteves (filha de Estêvão Rodrigues da Fonseca e de Teresa Rodrigues de Sousa). Herdou de sua mãe Trovões e Penela e lhe deu foral em 1255 (Felgueiras Gaio, 1678). Foram pais de Amado Rodrigues, morto pelos Mouros e de Mem Gonçalves.
Mem Gonçalves Amado, continuador do apelido, casou com a prima Aldonça da Fonseca (filha de Lourenço Rodrigues da Fonseca e de Aldonça Anes Botelho), dama da Rainha D.Isabel (1282-1321). Defendeu o Castelo de Marialva por D. Sancho II (1223-46) e jaz (1306) na Capela de S.João de Santa Cruz de Coimbra.
Pedro Amado, de Carnide (Lisboa) era sapateiro e casou (c.1540) com Inês Gonçalves, de Almodôvar. Ele Cristão velho e ela Cristã nova tiveram filhos em Faro que seguiram o Judaismo.
João Amado, 5º neto de Pedro Amado, nasceu (1687) e casou (1708) em Faro com Maria da Costa e faleceu (1772) em Loulé. João Amado foi entalhador e pintor de retábulos, alguns ainda existentes na Igreja Matriz de Loulé. Os seus antepassados e descendentes, via paterna, são portadores do haplogrupo Y-G2, identificado na Península Ibérica (Catalunha) em esqueletos de 6800 anos (Neolítico).
