por Nélia Marcos | Gestora Licenciada em Ciências da Comunicação - Comunicação Empresarial | neliamarcos@gmail.com

Sendo que se comemorou no passado dia 8 Março o Dia Internacional da Mulher vale a pena pensar um pouco na versão feminina do empreendedorismo.

Em Portugal as mulheres ainda demonstram menos vontade em criar o seu próprio emprego do que os homens. Na sua grande maioria, a motivação dá-se por uma situação de maternidade, desemprego, dificuldade em conciliar a vida profissional com a familiar ou pela dificuldade na progressão de carreira. No entanto, esta tendência tem vindo a inverter-se. E temos bons exemplos.

A algarvia Sandra Guerreiro, CEO da empresa Pelcor, artigos de pele em cortiça, foi novamente premiada como uma das mulheres empreendedoras de topo a nível internacional com o prémio ‘The Annual Enterprising Women of the Year Awards’.

Susana Sargento, co-fundadora da empresa “Veniam” em Portugal, venceu o 1.º lugar do Prémio Mulheres Inovadoras da UE 2016, pela ideia de transformar os veículos em pontos de acesso Wi-fi, criando redes móveis à escala de uma cidade.

O incentivo ao empreendedorismo feminino é notório atualmente. É o caso da Cruz Vermelha que desenvolve apoio específico às mulheres para uma atividade empreendedora através do projeto MINA – Mulheres & Ideias – Negócios em Acção. Este estímulo é encarado, não só como meio de combate ao desemprego, mas também como forma de promover melhorias económicas e sociais, já que fomentam mudanças de hábitos, refletem-se nas relações familiares, abrem espaço para inovação e desenvolvimento local.

Outro exemplo é a WomenWinWin, uma associação sem fins lucrativos que promove o empreendedorismo feminino por cá. Nesta comunidade, ajuda-se a divulgar o negócio, promove-se a interação e networking entre empreendedoras, partilham-se experiências, desenvolve-se o crescimento pessoal.  Um bom auxílio poderá ser certamente o Programa de Business Mentoring que permite à empreendedora ter um mentor experiente e com olho clínico que lhe ajude a superar dificuldades, traçar desafios, definir objetivos e, principalmente, que seja uma alavanca e suporte de motivação.

Empreendedorismo feminino está na ordem do dia. Afinal, se temos uma Portuguesa como a mulher mais inovadora da União Europeia, só podemos estar no bom caminho.