por Nuno Vaz Correia | nunovazcorreia@gmail.com

Loulé é um dos municípios em destaque, pela negativa, no Portugal City Brand Ranking 2016, da consultora Bloom Consulting, de acordo com a sua performance nas vertentes de Negócios, Turismo e Viver.   

Em 2015 Loulé estava no 27º lugar nacional, em 2016 desceu 9 posições para o 36º.

Pior, regionalmente, no setor mais importante para a economia do concelho, Loulé desceu uma posição, ocupando agora o 6º lugar na categoria de Turismo, atrás de Albufeira, Portimão, Tavira, Faro e Lagos, pelo que, estratégia direcionada ao Turismo ou não existiu ou falhou.

Podíamos então pensar que a aposta da autarquia fosse na criação de condições de atratividade para o investimento (Negócios). Mas a realidade é crua e os números mostram que essa estratégia, se é que existiu, também falhou. Ao nível do investimento, Loulé apenas ocupa o 4º lugar, atrás de Faro, Albufeira e Portimão.

Resta-nos uma categoria, talvez a que mais vezes foi levantada através do mote eleitoral “Ninguém ficará para trás”: Viver.

Para ninguém ficar para trás é preciso mais desenvolvimento, mais qualidade nos serviços camarários, criação de emprego, criação de infraestruturas necessárias, renovação da rede viária, etc., tudo no sentido de melhorar a qualidade de vida de todos.

No entanto será fácil de perceber, até pelos mais distraídos, que decorrido mais de metade do mandato, Loulé ainda e apenas vive do que foi pensado e previsto pelo anterior executivo.

As obras inauguradas (requalificação da R. Serpa Pinto em Loulé, a estrutura residencial para idosos em Benafim, a EB1 da Fonte Santa ou a via distribuidora Norte de Quarteira), o investimento atraído (o Modelo em Quarteira ou o IKEA), as infraestruturas diferenciadoras (Passeio das Dunas ou o prolongamento da Av. Sá Carneiro à Fonte Santa, ambos em Quarteira), os eventos de sucesso (Festival MED, a Noite Branca ou Loulé Cidade Europeia do Desporto), são todas heranças do executivo PSD.

Planeamento estratégico? Intervenções estruturantes? Visão para o futuro? Melhor qualidade de vida?

Do atual executivo: Nada.

Não é pois uma surpresa que Loulé tenha descido nove lugares a nível nacional e um lugar na região como cidade ideal para morar, ocupando agora o 4º lugar atrás de Faro, Portimão e Albufeira.

Afinal estamos é todos a ficar para trás.