Tenho uma série de poemas
Interessantes, não nos requintes,
São eles de vários temas
Uns dos outros bem distintos.
Cada tema uma referência
Baseado na convicção,
A razão da influência
Que me vibra o coração.
Do coração o sentimento
Com que meus poemas escrevo,
Se os escrevo descontente,
Direi algo que não devo?
Pode um filho ser muito feio
Mas não deixa o amor
Aos pais ver o defeito que tem
E seja o defeito que for.
Assim serão os meus poemas
Que com espontaneidade faço,
Gosto da rima, gosto dos temas,
Os defeitos... esses ultrapasso.
Claro que é bem notável,
A inexistência da erudição,
Mas é assim mais agradável,
Aos que menos cultura terão.
Se algo for escrito,
Com alto vocabulário e esmero,
Lá fica o Zé, coitadito
Pior que cachorro a roer ferro.
Finjo assim dar a razão,
Aos meus poemas singelos,
Sem ser fruto de erudição
Nem por isso são menos belos.
Contudo, o uso da cultura,
Tem mesmo que prevalecer,
Para que em qualquer criatura,
A cultura possa crescer.