por Nuno Vaz Correia | nunovazcorreia@gmail.com

Um concelho liderante pensa, projeta, cria as oportunidades para o seu desenvolvimento e não gere apenas o dia-a-dia como atualmente se faz em Loulé. Um concelho que já foi liderante mas que, atualmente, devido à falta de capacidade de pensar para além do aqui e agora, gerindo o pontual e sem capacidade de se soltar dos constrangimentos de um pensamento estagnado e sem respostas para um futuro em que é necessário ser competitivo, atrativo, diferenciado e, acima de tudo, liderante, é ultrapassado todos os dias.

Basta aceder ao portal do governo: www.base.gov.pt e procurar pelo município de Loulé para se saber de todos os contratos feitos por ajuste direto pela Câmara Municipal de Loulé e, mais uma vez, os números não mentem.

Tendo como referência o início do ano até hoje (19/05) chegam-se a várias conclusões, das quais saliento 5. A 1ª é que na gestão diária do concelho, em esgotos, tratamento de água, recolha de lixo, etc., foram gastos perto de 1 milhão e 550 mil euros. A 2ª conclusão é que, ao nível das obras realizadas de beneficiação, conservação, renovação ou novas, excluindo a avenida norte de Quarteira (projeto estruturante que foi projetado pelo anterior executivo), a autarquia investiu cerca de 1 milhão e 80 mil euros e apenas ¼ foi para obras novas.

A 3ª conclusão é que o investimento na educação, em obras nas escolas, refeições, transportes, material, etc., foi cerca 270 mil euros. Até aqui temos o que se pode chamar da gestão do dia-a-dia com salpicos de futuro. Mas em termos concretos, no futuro, ou na sua projeção, naquela que é a 4ª conclusão, a autarquia investiu apenas 200 mil euros em estudos e projetos.

Resta-nos a 5ª e última conclusão. Em festas, eventos, comunicação social, publicidade, etc., a autarquia, desde janeiro já assumiu compromissos superiores a 925 mil euros, valor que ultrapassará, em muito, o milhão de euros quando forem contabilizados os gastos das comemorações do 25 de abril, do dia da cidade de Quarteira ou do centenário da freguesia, que ainda não estão no portal. Valores aos quais se deverá acrescentar o valor pago à jornalista Fátima Campos Ferreira para fazer a entrevista “Desafios e Oportunidades de Futuro para Loulé” um verdadeiro momento de autopromoção para consumo interno que não acrescenta um euro de mais-valia para o nosso concelho.

Com festas e bolos, em Loulé, se tentam enganar os tolos…