Este povo está na origem da invenção da agricultura, no Neolítico, período com início há 10 000 anos na Anatólia (Raposo, 1994). Estas inovações chegaram à Ibéria há 6800 anos.
Há 5100 anos tem início o Calcolítico (era do cobre), com origem no vale do Tejo, que se expandio pela Europa Ocidental, como testemunham os monumentos megalíticos e a cerâmica campaniforme.
A tecnologia do Bronze (liga de cobre e estanho) surge há 5500 anos, na Anatólia e chega a Portugal por volta de 3800. Durante o “Bronze Final”, 3300 anos atrás, agrupam-se culturalmente, na “Franja Atlântica Ocidental”, Portugal, Galiza e Bretanhas (Cunliffe, 1997).
Os Fenícios vindos do atual Líbano eram mareantes e traficantes de minérios como prata, ouro, cobre e estanho. Introduziram a “1ª Idade do Ferro”, a escrita, a rega, a oliveira, a alfarrobeira… Fundam Cartago, importam a prata do rei Argantonius de Tartessos e Balsa (Tavira) e Ossónoba (Faro) no Cineticum terão origem Fenícia (sec.VIII a.C.), tal como Olissipo (Lisboa).
Seguiram-se os invasores Celtas originários no centro da Europa. Os Lusitani, de entre Durius e Tagus, de língua Indo-europeia arcaica, serão seus representantes. Introduziram a “2ª Idade do Ferro”, o centeio, o linho e fundaram Lacóbriga (Lagos). Heródoto refere a presença de Celtici junto aos Cónios, entre os séculos V e IV a.C., altura em que começam a rarear as inscrições cónias ou “Escrita do Sudoeste”. Os Lusitanos saqueam o Cineticum e arrasam a capital Conistorgis em 151 a.C. (Schulten, 1940). Seguiu-se, já durante a ocupação Romana, segundo Estrabão, a deslocação de ordas Lusitanas para Sul (Mattoso, 1992).
O marcador genético masculino hp.Y – G2a, dos povos do Neolítico, está presente em 10% dos Algarvios (Beleza et al. 2005). As mais elevadas frequências (40%) correspondentes aos hp.mt. (femininos), indicam quão belicosa foi a “celtização” do Cineticum.