17 de abril

Buzinão, Marcha anti-portagens!

Passados que são cerca de 6 anos desde a imposição de portagens na A22/Via do Infante, as consequências são muito negativas na mobilidade e na economia do Algarve, uma região que vive, em grande parte, do turismo. Muitas empresas foram à falência, outras atravessam sérias dificuldades, o que tem reflexo no aumento do desemprego.

Mas a tragédia é muito alarmante com o aumento da sinistralidade rodoviária, principalmente na EN125 – a via mais perigosa e mortífera do país – com muitos mortos e feridos graves. De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, só no ano de 2016 ocorreram no Algarve 10.241 acidentes (com 31 mortos e 158 feridos graves), mais 751 do que em 2015 e mais 1.903 acidentes do que em 2014. No mês de agora aconteceram cerca de 50 acidentes de viação por dia.

No início deste ano a sinistralidade rodoviária continua a disparar no Algarve. Entre 1 de janeiro e 7 de abril ocorreram no Algarve (grande parte na EN125), 2.214 acidentes (com 10 mortos e 38 feridos graves), quando em 2016, no mesmo período foram 2.181 acidentes (com 4 mortos e 42 feridos graves), e em 2015 tiveram lugar 1.992 acidentes (com 6 vítimas mortais e 34 feridos graves). Uma verdadeira tragédia sangrenta no Algarve!

É preciso pôr cobro, com urgência e antes de começar mais um verão, a esta situação terrível que se vive no Algarve, a principal região turística do país. Os principais responsáveis políticos e com decisão na matéria não podem continuar a assobiar para o lado, fazendo de conta que nada se passa no Algarve. 

A EN 125 encontra-se longe da total requalificação, com obras ainda paradas e a marcar passo, enquanto noutros troços não se sabe quando começarão as obras. Mesmo com a requalificação – que apresenta erros de palmatória - os acidentes sucedem-se. Todas estas situações potenciam os acidentes rodoviários. Por outro lado, a EN125 encontra-se longe da total requalificação, com obras ainda paradas e a marcar passo, enquanto noutros troços, entre Vila Real de Santo António e Olhão, não se sabe quando começarão as obras. Mesmo com a requalificação – que apresenta erros técnicos graves – os acidentes sucedem-se. Todas estas situações potenciam os acidentes rodoviários.

O contrato da PPP da Via do Infante também é muito oneroso para o Estado e os contribuintes, situando-se acima dos 30 milhões anuais de prejuízo. Também é preciso ter em conta que grande parte da Via do Infante foi construída com o recurso a fundos europeus, não se incluindo no modelo de financiamento das ex-Scuts.

Recorde-se ainda, que o atual 1.º Ministro reconheceu antes das eleições legislativas que a EN125 constituía um “cemitério” e ponderou eliminar as portagens no Algarve, não só devido ao elevado número de acidentes, mas também face aos graves 1prejuízos provocados à economia regional.

É preciso continuar a pressão e a luta para, rapidamente, inverter a situação que se vive no Algarve, conduzindo novamente a uma região livre de portagens. Desta forma, a Comissão de Utentes da Via do Infante, juntamente com outras entidades e personalidades vai levar a cabo várias iniciativas e para as quais V. Exª se encontra convidado/a.

Assim, no próximo dia 17 de abril (segunda-feira), pelas 13.00 horas, terá lugar um almoço/debate no Restaurante “Zé do Norte”, nas Quatro Estradas, Quarteira (junto à EN125). E pelas 15.00 horas partirá deste local uma marcha lenta de viaturas pela EN125 até Lagoa. Será com todo o gosto e consideração que esperamos que nos honre com a vossa presença e os vossos contributos a bem do Algarve e das suas populações.

 

Por: CUVI